O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de diabetes tipo 1 em crianças e adolescentes, com 92.300 casos diagnosticados. O país fica atrás apenas da Índia (229.400) e dos Estados Unidos (157.900), segundo dados do Atlas da Federação Internacional de Diabetes.
A endocrinologista pediátrica Marília Barbosa destaca que, apesar de ser uma condição séria, o diabetes pode ser controlado com tratamento adequado. “Crianças com diabetes tipo 1 podem levar uma vida normal, mas isso depende do manejo correto da doença. O tratamento, que inclui a aplicação de insulina, é vital. Sem ele, as complicações podem ser graves, incluindo risco de morte”, explica.
Marília orienta pais e responsáveis a ficarem atentos aos primeiros sintomas do diabetes tipo 1, que incluem:
• Sede e fome excessivas;
Continua após a publicidade• Urinar em excesso;
• Perda de peso sem motivo aparente;
• Crianças desfraldadas voltarem a fazer xixi na cama;
• Levantar várias vezes à noite para ir ao banheiro.
Quando os sinais passam despercebidos, pode ocorrer a cetoacidose diabética, uma complicação grave caracterizada por dor abdominal, vômito e respiração ofegante. “Esse quadro é comum em crianças que chegam ao pronto-socorro, e muitas vezes os sintomas são confundidos com virose. Por isso, a avaliação da glicose deve ser uma prioridade em casos suspeitos”, alerta Marília.
Cuidado diário e apoio familiar
O tratamento do diabetes tipo 1 vai além das consultas médicas. Marília enfatiza a importância do monitoramento contínuo da glicose, alimentação balanceada e educação de toda a família. “O cuidado é diário e deve ser feito em conjunto. Mesmo que a criança leve uma vida saudável, sem a insulina adequada ela ainda estará vulnerável a complicações crônicas, como problemas renais e visuais”, explica.
Com o diagnóstico precoce e a adesão ao tratamento, a endocrinologista garante que as crianças podem viver sem complicações e com qualidade de vida.
Mensagem para os pais
Marília Barbosa finaliza com um alerta para os responsáveis: “Ao perceber qualquer sinal suspeito, procure ajuda médica imediatamente e mantenha o acompanhamento especializado. Estamos falando da saúde do seu filho, e crianças reagem rápido às condições adversas. Não deixe para depois.”