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Advogada acusada de matar ex-sogro e a mãe dele envenenados com bolo passa por audiência

Abaixo segue o comentário sobre a audiência

05/07/2024 12h26 Atualizada há 11 meses
Por: Ana Karla Neto de Souza
Foto: Divulgação/Polícia Civil e Reprodução/Redes Sociais
Foto: Divulgação/Polícia Civil e Reprodução/Redes Sociais

A advogada Amanda Partata, acusada de matar o ex-sogro Leonardo Pereira Alves e a mãe dele, Luzia Alves, envenenados com um bolo de pote, em Goiânia, passou por uma audiência.

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“Após encerrar a parte investigativa da polícia, o Ministério Público oferece uma denúncia de crime, que será apurada pela justiça para ser levada a julgamento. O julgamento para esse tipo de crime, homicídio, é feito pelo Tribunal do Júri.

O objetivo das audiências, como a que ocorreu ontem, é reunir provas para um processo semelhante àquelas feitas pelo delegado da Polícia Civil, para que o juiz decida se o caso deve ser encaminhado para o Tribunal do Júri ou não. A audiência (25/06)  foi uma audiência de instrução.

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O objetivo dela é ouvir as testemunhas de acusação e defesa. Havia um total de 35 testemunhas para serem ouvidas: 10 da acusação e 25 da defesa. A acusação ouviu 8 testemunhas, incluindo aquelas que estavam no momento do fato, os familiares, o motorista do Uber que a levou ao condomínio, e o motorista que trouxe o veneno que ela adquiriu pela internet.

Não há dúvidas de que ela comprou o veneno pela internet, que foi entregue na casa dela em Itumbiara. Ela contratou um motorista de aplicativo para trazer o veneno de Itumbiara para Goiânia. Também foram ouvidas pessoas do hotel onde ela estava hospedada na semana do crime.

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No momento de ouvir as testemunhas de defesa, os advogados dela optaram por não apresentar testemunhas, provavelmente por estratégia de defesa, já que não tinham muito a contribuir para a tese deles.

Em seguida, houve o interrogatório da própria Amanda, que usou seu direito constitucional de permanecer em silêncio. Ela não fez autodefesa ou negou o crime, pois sabemos que esse crime não é possível ser negado. A defesa trabalha com a possibilidade de insanidade, mas já temos um laudo pericial feito por quatro médicos da Justiça que afirma que ela não é louca e tinha plena capacidade de responder por seus atos.

O próximo passo é a preparação de memoriais pelas partes: o promotor da acusação e eu, como advogado assistente, vamos apresentar um resumo de tudo que aconteceu até agora para o juiz. A defesa de Amanda também fará isso, defendendo a tese deles.

O juiz, então, decidirá se o caso será encaminhado para o Tribunal do Júri para julgamento popular. Se a decisão for encaminhar o caso para o Tribunal do Júri, será designada uma nova sessão para o júri. Lá, vamos defender a acusação de homicídio duplamente qualificado, com duas pessoas mortas e tentativa de homicídio para outras duas, enquanto a defesa tentará demonstrar que ela não tem condições de responder por seus atos,” comentou, o advogado da família, Luis Gustavo Nicoli, sócio do Nicoli Sociedade de Advogados.

Amanda Partata está presa preventivamente desde o dia 20 de dezembro de 2023. Em abril deste ano, ela foi suspensa dos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO) e, por conta disso, precisou ser transferida da Casa do Albergado, onde estava detida, para a Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia.

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