Entre os humanos tem sido cada vez mais comum o uso de suplementos alimentares e o seu consumo está presente na dieta de pelo menos uma pessoa em 59% das famílias brasileiras, de acordo com a pesquisa “Hábitos de Consumo de Suplementos Alimentares no Brasil”, estudo de mercado realizado pela ABIAD – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres.
Mas será que os gatos e cães podem fazer uso de suplementos alimentares? A resposta é SIM. Assim como nos humanos, ela serve para complementar a alimentação e ajudar no metabolismo do organismo. Nesse sentido é importante diferenciar o que são suplementos alimentares e o que são nutracêuticos.
A suplementação alimentar é o gênero, da qual eles fazem parte, os complementos alimentares, os suplementos de vitaminas e minerais e os alimentos funcionais. Já os nutracêuticos são manipulados e contêm um ou mais ingredientes biologicamente ativos oriundos de alimentos naturais, que foram isolados ou purificados, tais como: vitaminas, minerais e ômega 3, reunidos e comercializados sob forma de medicamento.
Para os pets, os nutracêuticos podem conter diversos compostos importantes que melhoram o sistema digestivo, pelagem e ativação do sistema imunológico, contribuindo para a melhora do quadro geral da saúde do pet, além de minimizar a incidência do aparecimento de doenças.
Todos os tipos de pets podem fazer uso de suplementações para aprimorar o funcionamento orgânico e estimular o sistema imunológico, como é o caso, por exemplo, do ômega 3, que deve ser fornecido a todos os cães e gatos desde filhotes.
Assim como nos produtos industrializados consumidos por humanos, mesmo com um critério rígido no processo de qualidade, podem ocorrer a dificuldade do organismo em absorver os nutrientes importantes ao fortalecimento da pele e pelos.
Dessa forma aliar o uso dos nutracêuticos à alimentação pode auxiliar na digestão dos alimentos, como é o caso da Bromelina, enzima presente no abacaxi que auxilia na digestão, ou o uso da planta espinheira santa, que atua como antiácido, mas vale informar que não são todos que possuem essa função digestiva.
Há algumas raças com maior disposição a determinadas doenças. Um exemplo são os cães da raça Daschund, que tem propensão a apresentar problemas ortopédicos e, neste caso, é recomendado suplementar com colágeno.
Lembrando que qualquer suplemento só deve ser ministrado após a avaliação do médico veterinário do pet, que poderá determinar a matéria-prima, compostos bioativos e posologia adequada para o animal.
Atualmente já se reconhece a importância do manejo alimentar para combater algumas doenças que induzem alterações metabólicas e funcionais, mas o uso dos nutracêuticos é recomendado se combinado com a alimentação natural.
A prescrição de substâncias benéficas, associadas em manipulado específico para cada caso, terá um resultado melhor se a alimentação for de qualidade e adequada às necessidades nutricionais do pet, promovendo um funcionamento orgânico melhor e, consequentemente, aprimorando a saúde.