A Polícia Civil de Goiás (PCGO), por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e com apoio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (DERCAP), deflagrou, no dia 26 de setembro, a Operação Fraude Radioativa, visando desarticular uma organização criminosa envolvida em fraudes que somam mais de R$ 20 milhões. As fraudes estão relacionadas a benefícios pagos pelo Estado a pessoas supostamente expostas ao Césio-137, material radioativo que causou um dos maiores acidentes radiológicos do mundo em 1987, em Goiânia.
A operação cumpriu três mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão, focando em advogados e outros indivíduos envolvidos no esquema. A investigação, conduzida em parceria com a Procuradoria Geral do Estado (PGE) e a Secretaria Estadual de Saúde, descobriu que documentos falsificados, como laudos e exames médicos, foram utilizados para enganar o Poder Judiciário e obter benefícios fiscais, como a isenção do Imposto de Renda.
As investigações identificaram três grupos dentro da organização criminosa:
O prejuízo ao Estado inclui valores retroativos decorrentes de isenções tributárias ilegítimas, com as penas para os crimes de estelionato, associação criminosa, uso de documentos falsos, e fraude processual, somando até 21 anos de prisão.