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AVC: Identificação precoce dos sinais e atendimento imediato são decisivos para o sucesso do tratamento

Especialista do Hospital Israelita Albert Einstein, em Goiânia, explica como identificar a condição e quais são os sinais de alerta para procurar ajuda médica imediata

01/10/2024 16h12
Por: Redação Fato
Crédito: HIAE
Crédito: HIAE

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral, ocorre quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro, seja por uma obstrução ou rompimento de vaso sanguíneo, podendo levar à morte das células cerebrais em minutos. O AVC ocorre de forma súbita e pode apresentar sintomas como perda de força ou sensibilidade de um ou ambos os lados do corpo, dificuldade na fala, seja para falar ou compreender o que outras pessoas falam, visão dupla, perda da visão de um ou ambos os olhos, dificuldade no equilíbrio, rebaixamento do nível de consciência e dor de cabeça de forte intensidade e súbita.

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De acordo com a Sociedade Brasileira de AVC, o registro epidemiológico Joinvasc, na cidade de Joinville, é o mais rico para ilustrar o impacto desta doença no Brasil. Esses dados revelam que a incidência no país é de 232 a 344 mil novos casos por ano, 978 casos por dia e um caso de AVC a cada 1,5 a 2 minutos no Brasil. Já em Goiás, a média foi de 1.091 mortes pela doença entre os anos de 2020 e 2022. Em 2023, foram 7.624 internações, cerca de 21 por dia.

De acordo com o médico neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein em Goiânia, Marco Túlio Pedatella, a pessoa com sintomas deve procurar o mais rápido possível uma emergência, pois precisa ter uma avaliação médica e realizar o exame de tomografia ou ressonância. "Nestes casos, não se deve oferecer nenhum medicamento como AAS ou medicamentos para pressão até chegar à emergência, pois dependendo do estado de saúde do paciente, essas medidas podem piorar o quadro", afirma.

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Existem dois tipos principais de AVC: o isquêmico, causado por uma obstrução em uma artéria, e o hemorrágico, que resulta de um vazamento ou rompimento de um vaso sanguíneo. O especialista do Einstein explica que o AVC ocorre de forma súbita, sendo que alguns pacientes podem apresentar os sintomas citados e se recuperarem rapidamente, o que é chamado de ataque isquêmico transitório (AIT). Mesmo nesses casos, é necessário buscar a emergência para que as causas sejam investigadas, pois o quadro pode evoluir para um AVC.

Como o AVC é uma doença que não se avalia apenas clinicamente, no Einstein existe um protocolo com um passo a passo que é seguido assim que o paciente dá entrada no pronto-atendimento, apresentando os sinais específicos. Durante a triagem, existe uma escala pela qual é possível identificar se é um AVC e iniciar o protocolo. Caso seja identificado, o neurologista é acionado e direciona o paciente para o exame de imagem (tomografia ou ressonância magnética) para, assim, definir a conduta. De acordo com o médico, todo protocolo já é acionado desde o início do atendimento, procurando maior agilidade. Além de já oferecer todos os recursos para a reabilitação do paciente o mais rápido possível, visando a sua recuperação."

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Os principais fatores de risco para a pessoa ter um AVC são: pressão alta, diabetes, obesidade, colesterol elevado, doenças cardíacas, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e tabagismo, além de outros fatores como idade mais avançada e ser do sexo masculino. Após um AVC, dependendo do caso do paciente, ele pode apresentar sequelas incapacitantes como dificuldade na comunicação, alterações no equilíbrio, dificuldade para engolir, problemas visuais e de memória, confusão mental, entre outras complicações. “É fundamental que as unidades de saúde adotem protocolos específicos que garantam agilidade, qualidade e segurança no tratamento, especialmente devido ao risco de desenvolvimento de sequelas. Para mitigar esses riscos e assegurar um atendimento de excelência, aplicamos nosso protocolo rigoroso em todas as nossas unidades, tanto em Goiânia quanto em São Paulo”

Sobre o Einstein Goiânia
A unidade de Goiânia foi inaugurada em 2021 e é o primeiro hospital Einstein fora de São Paulo. Com 18 mil metros quadrados de área total, pronto atendimento 24 horas, 35 leitos operacionais, terapia intensiva e serviço de transplante de medula óssea, também conta com a primeira plataforma de cirurgia robótica do estado, com 800 procedimentos realizados em 2023. Em 2024, inaugurou o serviço de pediatria, que oferece uma jornada completa de atendimento para casos de alta e baixa complexidade em crianças e jovens.

Além da assistência, a unidade possui um centro de ensino, inaugurado em 2023, com mais de 30 cursos de pós-graduação nas áreas de saúde e administração hospitalar, além de diversos cursos de curta duração. No mesmo ano, lançou também um centro de inovação, cujo objetivo é desenvolver tecnologias que possam beneficiar o setor de saúde na região.

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