Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cânceres de cabeça e pescoço estão entre os dez tipos mais comuns no mundo, com 700 mil novos casos a cada ano. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam ainda que esses tumores são responsáveis por pelo menos 10 mil mortes anualmente no Brasil.
Em virtude dos dados alarmantes, a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) criou a campanha “Julho Verde”, buscando promover o reconhecimento de sintomas para diagnóstico e prevenção desse tipo de tumor. É importante ressaltar que, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são de 90%, número que cai para 40% em estágios avançados do câncer.
“O câncer de cabeça e pescoço abrange um conjunto de tumores que atinge boca, faringe, laringe, língua, palato mole e duro, gengiva, bochechas, amígdalas, esôfago, seios paranasais e tireoide. Sendo este último o quinto tipo de câncer mais comum entre mulheres”, esclarece o médico oncologista clínico Gabriel Felipe Santiago.
Nas fases iniciais, o tumor costuma não apresentar sintomas, mas conforme se desenvolve, alguns sinais surgem. “É necessário ficar atento às manifestações persistentes, como manchas avermelhadas ou brancas na boca, aftas, lesões nos lábios que não cicatrizam, rouquidão que não melhora, nódulos no pescoço, dificuldade para engolir e mudança na voz. Por isso, é fundamental buscar um serviço de saúde, identificar o câncer e realizar um diagnóstico precoce”.
Os fatores de risco são tabagismo, alcoolismo e a infecção pelo HPV (papilomavírus humano). Por isso, alguns hábitos podem ajudar a evitar tumores de cabeça e pescoço como não fumar ou consumir álcool em excesso, manter uma alimentação balanceada, realizar higiene bucal da forma correta e manter as consultas ao odontologista em dia.
*Diagnóstico e tratamento*
O diagnóstico pode ser feito por meio de exames de imagem como raio-x, ressonância magnética, endoscopia, ultrassom, laringoscopia e tomografia. Depois de encontrado o nódulo, uma biópsia é solicitada para que haja a confirmação do tumor. A partir disso, o melhor tratamento para cada caso é indicado.
Cirurgias, radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo e imunoterapia são as principais opções de tratamento. A quimioterapia e a radioterapia são indicadas em casos de tumores mais avançados. Já a imunoterapia é um tratamento menos agressivo à base de medicamentos, indicada também em casos onde há a progressão do câncer durante ou após o tratamento com quimioterapia.
Fonte: DM Anápolis