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Servidores da Agência Brasil Central cobram envio do Plano de Cargos e Remuneração para a Alego

Pleito que se arrasta há 14 anos busca equiparação salarial com outras carreiras do Estado e correção de distorções no plano de progressão

04/02/2025 12h57
Por: Lorena Lázaro
 Juliana Junqueira, Jorge Nascimento, Emmerson Kran, governador Ronaldo Caiado, Rodrigo Leles, Karine Pinheiro e Fausto Borges
Juliana Junqueira, Jorge Nascimento, Emmerson Kran, governador Ronaldo Caiado, Rodrigo Leles, Karine Pinheiro e Fausto Borges

Servidores da Agência Brasil Central (ABC) cobram do governo estadual o envio do Plano de Cargos e Remuneração (PCR) da categoria para a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O grupo, composto por jornalistas, radialistas, técnicos, cinegrafistas e editores, reivindica isonomia salarial e progressão compatível com outras carreiras do Estado. O projeto, segundo os profissionais, já foi elaborado pela Secretaria de Administração (Sead), mas ainda não foi encaminhado ao Legislativo.

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Os servidores da ABC argumentam que os vencimentos da categoria são inferiores aos de analistas e assistentes de outras áreas da administração pública estadual. Além disso, apontam dificuldades na progressão funcional, com prazos mais longos e percentuais menores em comparação a outras carreiras.

Outro fator destacado é que mais de 50% dos profissionais da Agência estão cedidos a outros órgãos do Executivo estadual, mas o tempo de serviço nesses locais não conta para progressão. “Temos hoje a pior, mais estagnada e injusta carreira do Estado”, afirma o jornalista e analista de Comunicação Rodrigo Nunes Leles.

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A disparidade também ocorre dentro da própria ABC, onde servidores administrativos possuem planos de carreira mais estruturados. “O mínimo que um servidor deseja é uma trajetória justa dentro do Estado. A comparação entre área-meio e área-fim evidencia a desigualdade que vivemos, afetando a autoestima e o entusiasmo da categoria”, destaca o jornalista Luiz Cláudio Cavalcante, assistente de Comunicação da ABC.

Compromisso não cumprido

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Durante campanhas eleitorais, o governador Ronaldo Caiado teria prometido encaminhar a demanda da categoria. No entanto, até o momento, o pleito segue sem resposta definitiva, apesar das negociações com a Sead. Os servidores alegam que o impacto orçamentário do novo PCR é baixo e que sua implementação apenas corrigiria distorções históricas sem gerar aumentos salariais exorbitantes.

“O plano segue o mesmo formato adotado em órgãos como a Agência Goiana de Regulação (AGR), a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SEDS) e a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra). Ele não concede aumentos expressivos, mas repara desigualdades e dá uma perspectiva de carreira”, explica Leles.

Função estratégica da comunicação pública

Os servidores da ABC atuam na TV Brasil Central (TBC), rádio e plataformas digitais, além de atenderem às demandas de comunicação institucional do governo em todas as secretarias e órgãos estaduais. Também desempenham papel fundamental na Secretaria de Comunicação (Secom), responsável por coordenar a divulgação das ações governamentais.

O grupo ressalta que o trabalho desenvolvido contribui diretamente para a imagem e a boa avaliação do governo estadual. No entanto, sem um plano de carreira estruturado, a desvalorização da categoria compromete a continuidade e a eficiência da comunicação pública em Goiás.

A categoria segue aguardando um posicionamento oficial do governo e espera que o envio do PCR para a Alego ocorra ainda neste ano.

1 comentário
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Antônio Dirceu Pinheiro Há 1 semana Anápolis -GOEu aposentei sonhando com um PCR justo e sem as progressões que tinha direito. Que o Governo de Goiás reconheça o valor dos seus comunicadores!
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