A Farândola Teatro-Circo, companhia fundada pela atriz e palhaça Fernanda Pimenta, celebra 13 anos de trajetória em 2024 com uma programação especial de apresentações e atividades formativas gratuitas. Com recursos da Política Nacional Aldir Blanc Goiás, o grupo inicia as comemorações com dois espetáculos em Goiânia: “Quando se Abrem os Guarda-Chuvas”, no dia 29 de março, e “Malagueta na Labuta”, no dia 2 de abril.
O espetáculo “Quando se Abrem os Guarda-Chuvas” será apresentado na Oficina Cultural Geppetto, com ingressos limitados a 40 lugares, distribuídos gratuitamente antes da sessão. Criado em 2011, o monólogo retrata Dona Conceição, uma viúva que divide suas reflexões sobre envelhecimento, mudanças sociais e a tecnologia, unindo comicidade e poesia em cena.
Na sequência, no dia 2 de abril, “Malagueta na Labuta” leva ao palco do Teatro do Centro Cultural UFG a história de uma diarista que transforma as tarefas domésticas em um universo lúdico. Criada em 2021, a montagem é fruto de pesquisa acadêmica de Fernanda Pimenta sobre palhaçarias feministas e conta com direção de Thaise Monteiro e colaboração da palhaça catalã Pepa Plana.
Além dos espetáculos, a programação comemorativa inclui oficinas de teatro e circo, workshops e uma mostra de palhaçaria até dezembro de 2025. Entre as atividades previstas estão a Oficina de Viewpoints, ministrada por Fernanda Pimenta em abril, no Teatro Escola Basileu França, e um workshop de empreendedorismo para a equipe do grupo.
Fundada em 2011 no Rio de Janeiro e radicada em Goiás desde 2013, a Farândola Teatro-Circo é reconhecida pela sua pesquisa cênica e pelas montagens autorais. Fernanda Pimenta, que lidera a companhia, foi recentemente condecorada com o Prêmio Jaburu de Cultura, em reconhecimento à sua contribuição ao cenário artístico goiano.
A companhia, que já colaborou com artistas como a bonequeira Izabela Nascente e o palhaço Lucas Lima (Mulambo), se destaca pela constante busca por renovação estética e pela combinação de teatro e circo em suas produções. “A Farândola é fruto de uma construção coletiva e de uma trajetória marcada por pesquisa e resistência”, afirma Fernanda.
A circulação dos espetáculos ocorrerá em diferentes espaços, incluindo bairros descentralizados de Goiânia e outras cidades como Pirenópolis, com ações que prezam pela acessibilidade, como a presença de tradutores de Libras e rampas de acesso.