A exposição a compostos químicos conhecidos como disruptores endócrinos tem gerado crescente preocupação entre especialistas da saúde infantil. Segundo a endocrinologista pediátrica Marília Barbosa, essas substâncias podem interferir no funcionamento do sistema hormonal das crianças, comprometendo seu desenvolvimento e aumentando o risco de problemas como puberdade precoce.
“Os disruptores endócrinos são substâncias químicas exógenas capazes de imitar, bloquear ou interferir nos hormônios naturais. Eles se ligam aos receptores hormonais ou alteram sua produção e metabolismo, desregulando o sistema endócrino”, explica a médica.
A vulnerabilidade infantil a esses compostos é maior, já que o organismo das crianças ainda está em formação e sua capacidade de metabolizar toxinas é limitada. A exposição em fases críticas — como na gestação e nos primeiros anos de vida — agrava ainda mais os riscos.
Entre os principais vilões estão o bisfenol A (BPA) e os ftalatos, encontrados em plásticos, além de parabenos e triclosan, comuns em cosméticos e produtos de higiene. Também são detectados em pesticidas, tecidos, eletrônicos, embalagens e até produtos de limpeza doméstica.
Como reduzir a exposição?
Marília Barbosa recomenda ações simples e eficazes para proteger as crianças:
“A adoção de hábitos de consumo mais conscientes e a busca por produtos mais seguros são essenciais para garantir um crescimento saudável às nossas crianças”, conclui a endocrinologista.
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