Quando o crescimento da criança merece atenção? Especialista explica sinais de alerta

O desenvolvimento infantil costuma gerar dúvidas entre os pais, especialmente quando percebem que seus filhos crescem em ritmo diferente de outras crianças da mesma idade. Segundo a endocrinologista pediátrica Marília Barbosa, embora cada criança tenha seu próprio ritmo, existem padrões de crescimento considerados saudáveis. Quando há desvios significativos, é necessário procurar avaliação médica especializada.

“Existe uma média de crescimento esperada. Quando esse padrão não é seguido, é fundamental investigar”, alerta a médica. Ela explica que fatores como genética, alimentação, qualidade do sono, doenças crônicas e alterações hormonais podem influenciar diretamente o desenvolvimento físico.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), estatura abaixo da média pode ser um dos primeiros sinais de condições como deficiência do hormônio do crescimento, disfunções na tireoide e até síndromes genéticas. O diagnóstico precoce é determinante para garantir melhores resultados no tratamento.

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Entre os principais sinais de alerta estão: crescimento mais lento que o esperado ao longo dos meses, estatura inferior à média para idade e gênero, atraso na puberdade e pouca necessidade de trocar roupas ou calçados em comparação com outras crianças da mesma faixa etária.

“O acompanhamento deve começar nos primeiros anos de vida. Caso haja um desvio importante da curva de crescimento, o encaminhamento ao endocrinologista pediátrico é indispensável”, reforça Marília Barbosa.

Quando confirmado algum problema, o tratamento pode envolver mudanças na alimentação, melhora da qualidade do sono ou, em casos específicos, o uso de hormônio do crescimento, sempre sob prescrição médica e acompanhamento rigoroso.

A endocrinologista ainda destaca que monitorar o desenvolvimento não é apenas uma questão estética, mas um reflexo da saúde geral da criança. “Crescer bem significa que o organismo está funcionando adequadamente. Por isso, observar e buscar orientação médica quando necessário faz toda a diferença”, conclui.