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PL e Partido Novo ampliam aliança e miram fortalecimento em Goiás para 2026

Com pautas liberais na economia e conservadoras nos costumes, legendas intensificam articulações regionais e nacionais

28/05/2025 10h24
Por: Fernanda Cappellesso
PL e Partido Novo ampliam aliança e miram fortalecimento em Goiás para 2026

O alinhamento entre o Partido Liberal (PL) e o Partido Novo, que já vem se desenhando no cenário nacional, começa a ganhar força também em Goiás. Com bandeiras que combinam liberalismo econômico, redução do tamanho do Estado e defesa de pautas conservadoras, as duas legendas intensificam articulações de olho nas eleições de 2026.

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O movimento não é isolado. Nacionalmente, PL e Novo têm atuado em sintonia no Congresso em temas como desburocratização, contenção de gastos públicos, segurança e enfrentamento a projetos de aumento de impostos. A aproximação entre os dois partidos se dá apesar das diferenças de estilo — enquanto o PL tem como principal referência o ex-presidente Jair Bolsonaro e sua base mais conservadora, o Novo se posiciona no campo do liberalismo econômico, com lideranças como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o deputado Marcel Van Hattem.

Em Goiás, a movimentação reflete esse cenário nacional. O estado é visto como estratégico tanto para o avanço da direita liberal quanto para a consolidação de forças conservadoras nas disputas proporcionais e majoritárias. Segundo interlocutores dos dois partidos, há diálogo permanente sobre possíveis alianças, tanto nas chapas locais quanto na construção de uma frente programática conjunta.

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Um dos movimentos que simbolizam essa articulação foi a recente filiação do ex-desembargador Sebastião Coelho ao Partido Novo. Ele aparece no radar como possível candidato ao Senado em 2026, com discussões que incluem sua atuação tanto por Goiás quanto pelo Distrito Federal. A filiação reforça a estratégia do Novo de se posicionar como alternativa relevante no debate político, com apoio tácito de setores alinhados ao PL.

A convergência entre as duas siglas se sustenta na defesa de uma agenda que combina responsabilidade fiscal, fortalecimento da segurança pública, liberdade econômica e proteção aos valores tradicionais. Embora mantenham autonomia, as legendas já atuam de forma coordenada em diversas votações no Congresso.

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Em Goiás, o ambiente político é considerado favorável a essa aliança. O estado tem perfil majoritariamente conservador e registra forte adesão a pautas ligadas ao agronegócio, empreendedorismo, segurança e defesa da família. A expectativa é que, até 2026, a aproximação resulte em candidaturas conjuntas ou em palanques regionalmente alinhados, especialmente no Legislativo estadual e federal.

Para dirigentes e articuladores envolvidos nas negociações, a leitura é de que o eleitorado goiano responde positivamente a propostas que combinem rigor na gestão pública, menos interferência do Estado na economia e preservação de princípios conservadores nos costumes.

O avanço da articulação entre PL e Novo não é tratado como uma fusão, mas como uma cooperação estratégica que poderá se refletir em alianças formais, dependendo dos cenários locais e nacionais mais próximos das convenções partidárias.

A tendência, segundo fontes ouvidas, é que o modelo adotado em Goiás sirva como referência para outros estados, consolidando uma frente da direita que une discurso econômico liberal com defesa dos valores tradicionais, tanto no Centro-Oeste quanto em outras regiões do país.

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