Urbano OPINIÃO

Lipedema: condição pouco diagnosticada atinge principalmente mulheres e afeta qualidade de vida

Distúrbio atinge milhões de mulheres e exige diagnóstico preciso e tratamento multidisciplinar, como explica a dermatologista Dra. Sullege Suzuki

01/06/2025 11h35
Por: Lorena Lázaro
Lipedema condição pouco diagnosticada atinge principalmente mulheres e afeta qualidade de vida
Lipedema condição pouco diagnosticada atinge principalmente mulheres e afeta qualidade de vida

Apesar de atingir uma parcela significativa da população feminina, o lipedema ainda é uma condição subdiagnosticada e cercada de desinformação. Estima-se que cerca de 11% das mulheres em todo o mundo convivam com o distúrbio, caracterizado pelo acúmulo anormal de gordura, geralmente nos membros inferiores e superiores, associado a dor, inchaço e sensibilidade ao toque.

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“O lipedema não é uma simples questão estética. Ele envolve dor crônica, sensação de peso nos membros e impacto direto na qualidade de vida. Muitas mulheres passam anos buscando respostas antes de receberem o diagnóstico correto”, explica a dermatologista Dra. Sullege Suzuki.

A condição tende a surgir ou se intensificar em fases de alteração hormonal — como puberdade, gravidez ou menopausa — e não responde de forma significativa a dietas ou exercícios físicos. Por isso, é comum que pacientes enfrentem julgamentos ou autocrítica, acreditando tratar-se de excesso de peso ou falta de disciplina, quando na verdade há um fator clínico em curso.

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Segundo a especialista, o tratamento do lipedema requer uma abordagem individualizada e integrada. Entre os recursos adotados estão tecnologias como criofrequência e Morpheus, bioestimulação de colágeno, drenagem linfática e protocolos personalizados para gordura localizada. “O objetivo é aliviar a dor, melhorar a mobilidade e contribuir para que a paciente volte a se sentir bem no próprio corpo”, afirma a médica.

Além dos tratamentos físicos, o cuidado nutricional também é considerado um aliado importante. Estratégias alimentares direcionadas ajudam a reduzir processos inflamatórios e a potencializar os efeitos das terapias. “Cada paciente apresenta um histórico e necessidades específicas. Por isso, o acompanhamento deve ser cuidadoso e multidisciplinar, respeitando o tempo e os limites do corpo”, reforça a dermatologista.

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Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível controlar a progressão do lipedema, amenizar os sintomas e retomar o bem-estar. Ainda pouco conhecido entre a população, o tema exige mais visibilidade e acesso à informação de qualidade, especialmente entre as mulheres — as principais afetadas pela condição.

 

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