Antes de virar site, o Jack Comunica já existia como propósito. Em 2018, um pedido de ajuda durante uma live no Facebook uniu dois baianos que, até então, não se conheciam: Jacson Gonçalves, cadeirante e calouro de Jornalismo, e Fabio Almeida, jornalista formado, fora da área, mas disposto a contribuir. O que começou com um trabalho de faculdade virou parceria profissional, amizade de vida — e, mais tarde, uma revelação familiar: eram primos de segundo grau.
A conexão entre eles foi imediata. Jacson apresentou a Fabio a realidade de quem vive com deficiência em um país que ainda ignora o básico em acessibilidade. Fabio, por sua vez, trouxe um olhar humanizado e sensível para as reportagens, que logo chamaram atenção em um portal onde ambos colaboraram. A experiência de vida virou combustível para criar o Jack Comunica em 2019, nome que une o apelido de Jacson com o verbo que guia o projeto: comunicar.
Desde então, os dois enfrentam desafios diários. Trabalham com recursos limitados, investem do próprio bolso, e muitas vezes se deparam com situações marcantes, como o dia em que Jacson foi impedido de acessar uma área adaptada em um evento e ficou exposto à chuva, sem banheiro acessível, em meio à multidão. Episódios como esse tornaram o portal não só uma plataforma de notícias, mas uma trincheira pela inclusão.
Com a editoria Vida de Inclusão, o site passou a dar espaço fixo para histórias reais de pessoas com deficiência, com pautas sobre acessibilidade digital, transporte, espaços públicos e direitos sociais. A proposta é clara: transformar o invisível em pauta, ouvir o que poucos escutam e reparar silêncios históricos.
Hoje, com milhares de leitores em todo o Brasil, o Jack Comunica segue crescendo. Fabio e Jacson projetam o portal como um dos grandes independentes do país, com jornalismo responsável, impacto social e parceria com marcas e instituições comprometidas com a diversidade. E fazem isso guiados por um princípio inegociável: comunicar é, antes de tudo, incluir.