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Brasil lidera ranking mundial de cirurgias plásticas estéticas em 2024, aponta levantamento

País supera os Estados Unidos em procedimentos cirúrgicos e reacende debate sobre judicialização na saúde e segurança do paciente

04/07/2025 17h12
Por: Lorena Lázaro
Foto: Ilustrativa / assessoria da Anadem
Foto: Ilustrativa / assessoria da Anadem

 O Brasil se tornou o país com o maior número de cirurgias plásticas estéticas do mundo em 2024. Segundo levantamento da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), foram registrados 2.354.513 procedimentos cirúrgicos ao longo do ano, superando os Estados Unidos. No total de procedimentos estéticos (cirúrgicos e não cirúrgicos), o Brasil aparece em segundo lugar, com 3.123.758 intervenções realizadas.

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O levantamento também aponta que o Brasil ocupa a segunda posição global em número de cirurgiões plásticos. No chamado “turismo médico”, o país atrai principalmente pacientes dos Estados Unidos, Portugal e Itália, interessados na combinação de profissionais qualificados e custos mais baixos em procedimentos estéticos.

O aumento no número de cirurgias plásticas reacende o debate sobre segurança do paciente e judicialização na saúde. Dados do Infográfico 2024: Judicialização da Saúde e da Medicina no Brasil mostram que a cirurgia plástica é a terceira especialidade médica mais demandada judicialmente no país.

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Para o presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética), Raul Canal, é preciso que o avanço quantitativo seja acompanhado de responsabilidade técnica, jurídica e ética. “O Brasil liderar em cirurgias plásticas é também um reflexo da confiança na medicina estética nacional e em seus profissionais de excelência, mas isso exige mecanismos sólidos de controle e boas práticas. A segurança do paciente e o respeito aos limites éticos precisam estar no centro do debate”, afirmou.

Canal também reforça a importância de seguir as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre segurança do paciente. “É urgente que instituições e profissionais de saúde desenvolvam iniciativas e se adequem às melhores práticas relacionadas à segurança do paciente. Itens como identificação do paciente, prescrição de medicamentos, prevenção contra infecções e adesão a políticas de comunicação claras devem ser implementadas e seguidas à risca”, ressalta.

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