Nossas escolhas nem sempre são tão livres quanto parecem. Estudos em epigenética e neurociência mostram que experiências vividas por nossos antepassados — como traumas, medos, escassez ou exclusão — podem ser biologicamente registradas e transmitidas por gerações.
No ThetaHealing, chamamos isso de crenças genéticas e históricas: informações armazenadas no subconsciente e que influenciam silenciosamente comportamentos, emoções e decisões. Elas operam em um nível silencioso e determinante, influenciando nossa forma de amar, trabalhar, adoecer e até prosperar.
É possível, por exemplo, carregar a lealdade inconsciente a um sistema familiar marcado por escassez. Assim, mesmo com conhecimento, esforço e oportunidades, o impulso interno sabota o sucesso. Porque para o subconsciente, ser fiel ao clã é mais seguro do que ser livre e diferente. O medo da exclusão inconsciente é maior que o desejo de mudança.
A neurociência, por outro lado, tem demonstrado como memórias emocionais e traumas não resolvidos podem ser passados entre gerações por meio da epigenética. Ambientes marcados por medo, repressão ou dor podem alterar a expressão de certos genes, moldando o comportamento de descendentes que nem sequer vivenciaram diretamente essas experiências. Isso reforça a ideia de que carregamos, sim, heranças emocionais codificadas que afetam nosso funcionamento mental, emocional e até físico.
Há também o que chamamos de crenças do nível histórico. Elas não pertencem apenas à linhagem familiar direta, mas ao campo coletivo da humanidade. São memórias de experiências ancestrais ligadas a guerras, perseguições, exclusões e pactos espirituais feitos em outros tempos. Crenças como “é perigoso confiar”, “ser mulher é sofrer” ou “o diferente deve ser evitado” podem vir desse lugar, operando como bloqueios profundos que não foram escolhidos, mas herdados.
A boa notícia é que essas crenças não são sentenças definitivas. Elas podem ser identificadas e resignificadas. O trabalho com frequência energética, como o ThetaHealing, acessa esses registros diretamente no campo subconsciente, promovendo uma nova informação ao sistema, sem a necessidade de reviver traumas. A clareza surge quando identificamos que algo em nós não é verdade, mas apenas repetição.
Reconhecer que parte das nossas dificuldades não começou em nós é o primeiro passo para soltar o peso que não nos pertence. Com consciência, podemos honrar nossa ancestralidade sem carregar seus padrões limitantes. Mudar a própria história é, muitas vezes, libertar também quem veio antes.
Val Leítao é terapeuta holística, especialista em comportamento humano, bem-estar e comportamento alimentar. Mestre Reiki, Thetahealer e numeróloga.