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Emoções reprimidas e a relação com as doenças físicas

Como emoções reprimidas alteram a química do corpo, enfraquecem o sistema imunológico e favorecem o surgimento de doenças físicas

22/04/2025 16h35
Por: Val Leítão
Acervo pessoal
Acervo pessoal

A ciência vem confirmando o que antigas tradições já sabiam: o corpo fala. Mas não em metáforas. Ele expressa, de forma biológica, o que muitas vezes é emocionalmente negado ou silenciado. Emoções não processadas são armazenadas como informação química e elétrica no organismo e, ao longo do tempo, esse acúmulo pode se manifestar como sintomas físicos ou doenças crônicas.

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Segundo a psiconeuroimunologia, campo que estuda a interação entre mente, sistema nervoso e imunidade, emoções como raiva, tristeza, medo e culpa ativam respostas fisiológicas específicas. O estresse emocional constante, por exemplo, estimula o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, aumentando a liberação de cortisol, um hormônio inflamatório. Quando essa ativação se torna crônica, a imunidade é comprometida, o sistema nervoso entra em exaustão e o risco de doenças autoimunes, cardiovasculares e metabólicas aumenta.

A neurociência também aponta que o cérebro não diferencia experiências reais de memórias fortemente carregadas de emoção. Quando reprimimos sentimentos, criamos “circuitos emocionais inconclusos” que permanecem ativos, gerando estímulos repetitivos no sistema límbico — especialmente na amígdala e no hipocampo, regiões envolvidas na resposta ao medo e na consolidação da memória emocional. Isso mantém o corpo em constante alerta, mesmo quando não há ameaça presente.

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No ThetaHealing, compreendemos que cada sintoma tem uma raiz emocional e energética. Ao acessar o subconsciente por meio de ondas cerebrais em estado theta, é possível identificar a emoção original vinculada ao sintoma. Muitas vezes, não se trata apenas de um evento recente, mas de uma emoção armazenada desde a infância ou até mesmo herdada — que, por não ter sido expressada, foi “encapsulada” em órgãos ou tecidos.

Por exemplo, emoções de injustiça profunda podem se manifestar em processos inflamatórios persistentes. Sentimentos de abandono podem afetar o sistema digestivo, enquanto culpa prolongada tende a gerar bloqueios no sistema reprodutor ou imunológico. Não é sobre diagnosticar ou generalizar. É sobre investigar com profundidade, escutando os sinais do corpo com sensibilidade e técnica.

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Liberar essas emoções de forma consciente não significa reviver traumas, mas sim permitir que o corpo metabolize o que foi estagnado. Técnicas como o ThetaHealing, combinadas com práticas de respiração, atenção plena e mudanças de percepção, ajudam a reintegrar essas partes ocultas, promovendo equilíbrio físico e emocional.

O corpo é honesto. Ele não esconde o que a mente tentou esquecer. E quanto mais tempo negamos a existência de uma emoção, mais o corpo se encarrega de expressá-la. A doença, nesse contexto, não é inimiga — é o último recurso de um sistema que precisa ser ouvido.

Investigar as emoções reprimidas com consciência, acolhimento e ferramentas adequadas é fundamental não apenas para curar o corpo, mas para viver com mais plena.

Val Leítao é terapeuta holística, especialista em comportamento humano, bem-estar e comportamento alimentar. Mestre Reiki, Thetahealer e numeróloga.

 

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